ouvimos este cd com a alma na mão. o coração aos saltos. e saem tão espontaneamente palavras de admiração. é um momento único, um músico único, como diz o apresentador do festival de montreux. em 1979, eu tinha apenas 5 anos. ele, ainda nem tinha nascido. e agora rimos feito meninos ouvindo as peripécias deste senhor de cabelos todos brancos nas terras do velho mundo. a verdadeira arte, seja qual for sua manifestação, não envelhece nunca. pulsa como um coração em contato com o coração do outro. eu tenho tanto a dizer do espanto destes dias. mas por que espanto, falta-me o tempo. olho agora para os irmãos karamazov. carrego a caixa como quem embala um bebê. dentro dela, os desejos. e os anzóis vêm em minha direção. cadê cyane que está bem aqui na minha frente? suas adagas e seus anzóis, estão. mas sinto sua falta na janelinha virtual.
e o que dizer a nilza, que me leu e escreveu assim tão bonito? "adorei, amei, me encantei. chorei até umas horas. Meu pai vem é lindíssimo, de uma singeleza, como vc gosta de dizer, delicadeza, meiguice. Seu prof tem toda razão, a sua escrita escorre quente, humana, de parto natural. Vc já deve ter fãs n°1 aos montes, portanto quero ser só a leitora de outros mais escritos como estes".
por inteira, me emociono. e mais do que nunca sinto que o caminho é este. o caminho do bem-querer. da gentileza. do cuidado. da dedicação. da concentração. e também da dispersão. da noite longa. dos olhos cúmplices e marotos. do entregar-me inteira à aventura do viver, mesmo que a lágrima caia. mesmo que os enganos existam. há e haverá sempre uma varanda com vista para a estrada. a varanda da imaginação. e durante a noite corre um vento frio. um sopro quente. e a ternura.
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