segunda-feira, 29 de junho de 2009

minhas cidades imaginárias

todos sabem da minha paixão por cidades grandes. sabem também que ao menos duas destas cidades têm lugar cativo em mim: são paulo e paris. calha que quase por coincidência, no meio dos meus tantos afazeres, naquela meia hora insone antes de cair nos braços dos mistérios, estou lendo dois livros que falam destas cidades: paris não tem fim, de Enrique Vila-Matas e o livro amarelo...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Leite derramado, de Chico Buarque

No novo livro de Chico Buarque, cem anos de "tempos mortos". Li Leite Derramado em dias felizes. E os dias felizes trazem o medo da efemeridade, como se o momento seguinte fosse desmanchar o castelo de areia, derramar o leite. E este não é um " livro feliz", o que me faz pensar ainda mais na transitoriedade das coisas. Como saber que a vida não é uma sucessão de enganos,...

terça-feira, 16 de junho de 2009

mundocão

o mundo é um mundocão. não à toa a literatura está sempre certa. os roseirais são podados a cada noite, na surdina, para que o nascer do sol não veja nada de novo, a não ser o sempre já visto. ou os roseirais são implantados ali artificialmente, com cheiro de plástico. eu queria que fosse diferente. se eu sacaneio alguém, é quasesempre de modo involuntário. talvez como todos, eu sacaneie de forma mais impiedosa aqueles que eu amo muito de perto....

sexta-feira, 12 de junho de 2009

para ele

como se não fosse um dia qualquer. tudo a primeira vez. primeira vez de tudo. mesmo que não seja. quando a alma invade assim o tempo o desejo o querer tudo é como se nunca fosse acabar. e assim me encho de ternuras. fico avara para o mundo e quero depositar tudo aqui nesta casa que agora amo com esta pessoa que agora amo. dia e noite espero seus passos no corredor e a chave que gira. um tatu chama outro tatu. não me importo se o futuro me levar...

terça-feira, 9 de junho de 2009

A cidade ilhada, de Milton Hatoum

Demorei a saber o porquê do desencanto com Milton Hatoum. Um desencanto paulatino, como se o fato de ter "descoberto" esse escritor desde o seu primeiro livro me fizesse protelar o seu enterro simbólico. Simbólico, claro, pois como me lembrou um amigo, há tempos a crítica o elegeu um "grande escritor". E uma vez dado o título, dada a preguiça e o compadrismo da crítica tupiniquim,...

terça-feira, 2 de junho de 2009

A delícia dos dias

Dias muito felizes. Descanso total - atrapalhado apenas por comprinhas. Como toda mãe e todo pai de primeira viagem, nos excedemos nas compras das roupinhas do bebê. Liga-se um automático burro que deve dizer exatamente assim: "em caso de dúvida, leve um modelo de cada", embora as variações nem sejam tantas. Enfim, Poeminha agora tem roupa suficiente para pelo menos os seis...