quarta-feira, 31 de março de 2010

Coisas da vida

A vida anda rápida, rápida, e eu mais lenta do que poderia. Abril já? Não pode ser. Mas é. Poeminha cresce tranquilo. Delícia isto: um filho risonho, sempre a postos para brincadeiras mil. Quase não chora. Tudo bem que não tem motivos. O tratamento é vip, creio. Mas sei que existem crianças que, apesar de todos os cuidados, chora bastante e por qualquer razão. Poeminha, se...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Eu, professora. Eu, Milena

Havia desencanto ontem. Ou antes de ontem. Já não sei mais. Por isso, o texto daí debaixo. É o sofrimento de sair da bolha. De saber que apenas nela me sinto plena. Hoje, sem desencanto. Ir sempre além da imagem. Forçar o entorno e acreditar. Estou às voltas com 100 anos de literatura portuguesa. É uma insanidade, sem dúvida. Mais uma ementa inapelavelmente sem sentido. Porém,...

sábado, 27 de março de 2010

Peixe pequeno

Recebi hoje no meu email, um cartaz da ABRALIC. Pra quem não sabe, a ABRALIC é a Associação Brasileira de Literatura Comparada que promove um dos encontros mais bacanas de Literatura do meio acadêmico.  Eu gostaria de ir, mas há uns dois meses decidi não ir -  escolhas. Porém, ao ver o cartaz, fiquei por aqui experimentando sentimentos que não deveriam ser públicos...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sobre o trabalho

Volto a trabalhar na próxima semana - e hoje comecei a ensaiar a volta (ou seja, comecei a preparar a parte que me me cabe neste semestre!). Causa espanto quando digo que poderia passar a vida sem trabalhar, mas, sim, eu poderia. É certo que eu batalhei para ser professora universitária. Por essa profissão, submeto-me a um corpo de forasteira. Porém, jamais diria uma frase...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uma casa sem a casa

Mudamos. Bem que ainda posso dizer no gerúndio: estamos mudando. Dias e dias organizando os livros.  E mais um dia e uma noite, os cds.  No dia que trouxemos tudo, caiu uma chuva de lascar. Roupas do Poeminha, na lama. Ainda estão ali com a esperança vaga de voltarem a ser brancas. E aquele ovo comprado em Paris, num bairro remoto onde fui pegar minha carte d'étudiante, este não teve jeito: quebrou. Dava para passar superbonder, mas não...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Para o filho

Poeminha, quase seis meses. Nova casa para você. Agora, sim, espaço para você andar, quando assim decidir. Longe da beira da estrada - imagem tão valiosa para sua mãe; uma simbologia que relutei em me desfazer. Nestes dias, tive medo, filho, de ficarmos presos aqui para sempre. Como carregaremos mundo afora todo este peso? Estes pensamentos tortos no meio da noite, quando...

eh mundocão!

E vão ficando os caretas, os picaretas, os caras de pau... e toda a tralha sem nenhum humor.  E indo muito cedo aqueles que nos fazem uma falta danada. Não faz nem dois meses que eu e o tatupai morríamos de rir com a reedição da Chiclete com banana, que veio em uma caixinha beleza com as primeiras edições. Os números seguintes ainda estão saindo nas bancas. Líamos e...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sobre coisas espalhadas e Nelson Rodrigues

Bozoca vem aqui e espalha livros, revistas e cds. Ele não é o único. Eu costumo brincar que alguns devem ver aqui como um parque de diversões cultural. No outro dia, só dá eu recolocando coisas no lugar. Noites destas, depois de desencavar uns cds maravilhosos, ele deixou A cabra vadia, de Nelson Rodrigues, em cima da mesa de centro. E eu, ao invés de guardá-lo na estante,...

terça-feira, 2 de março de 2010

Nova casa

 As coisas de Poeminha por toda parte  Sábado, vamos mudar do apê para uma casa. E começando a desarmar o circo, penso que é quase desumano mudar com a quantidade de coisas, coisinhas e coisonas que fui juntando ao longo da vida. Quando vim morar neste apê, imaginei que só sairia daqui em duas hipóteses: para uma casa minha ou se fosse embora da cidade. Mas eu era...