segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um jardim

Este jardim tem uma história bonita. Seu Emílio e D. Marlene tinham um sonho: quando se aposentassem, iriam morar em uma chácara. O que vemos hoje é o sonho realizado. Muito do que comem, eles mesmos cultivam. Os dois. Mas não há só frutos e legumes por lá. Há flores por toda parte. E a casa parece cheia, embora as filhas já tenham partido. Ontem, eu cochilei por lá, numa...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O filho da mãe de Bernardo Carvalho

Eu já disse aqui como Bernardo Carvalho me mantém presa com a sua devida distância. Retorno sempre, curiosa sobre ele. Desta vez, foi O filho da mãe. E gostei. Eu li de um golpe, como há tempos não fazia. Não me distanciei do contrato que originou o livro: um mês em São Petersburgo e, a partir daí, escrever uma história de amor ambientada nesta cidade, no projeto  "Amores...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pensamentos insones

Minhas "mínimas promessas" nunca fizeram tanto sentido para mim como agora. Talvez eu tenha me enganado, e, de fato, algo de diferente em mim esteja vindo lá de dentro. Talvez porque não dê mais para ser como antes. Porque antes eu era imortal. Mas Poeminha tirou parte da minha imortalidade. E Guillain-Barré, a outra....Ora turbilhão, ora uma paz. ::Pedro foi embora. E a casa ficou como que vazia. Poeminha procurou-o pela casa: "uh, uh, uh"....

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em frente à casa da infância

Foi assim. Como os homens que amam as aves põem armadilhas para tê-las junto a si. Para tirá-las do ar e tê-las, cantando, junto a si Foi assim E depois, guardassem aquilo em gaiolas, feitas com a madeira da violência, com a madeira da ternura, entrelaçadas Diz-se disso: O homem é o mal, o amor é o mal (Óserdespanto, de Vicente Franz Cecim) Sim. Sempre achei mais triste...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

25 páginas por dia

Eu escrevi para um amigo que, no nosso imaginário, quando uma pessoa escapa da morte, inevitavelmente, vai mudar - e para melhor, como se o dom da doença fosse levar todos os defeitos. E eu sentia agora em mim que não era bem assim. Jogar fora o que emperra parecia mais com  as promessas de ano novo, as que nunca cumprimos.  Porque nossa casca não é uma mera peça...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Três

Três... E a luz do Nordest...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

365 nuncas

Se eu pudesse, eu devotaria minha vida apenas às alegrias. Quando me sinto engolida pelos dias, e sempre tem estes dias, fico mal. A tal vida de ameba é, para mim, como uma traição ao sentido da vida. Por estas e por outras, amei a ideia deste blog: Stefania e Elisa resolveram fazer a cada dia, durante um ano, uma coisa que nunca fizeram antes. Nada mirabolante. Centelhas...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

La douleur excquise, de Sophie Calle

Procurei nos meus guardados os rastros de Sophie Calle e encontrei estas duas fotos tiradas em maio de 2007, no Pompidou. Não estão boas, mas acho que ajuda a entender o que escrevi anteriormente sobre o que faz falta no livro: a dimensão....

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As histórias reais de Sophie Calle

As histórias da artista plástica Sophie Calle perdem um pouco da sua força quando destituídas das enormes fotografias em que costumam estar em exposições pelo mundo afora. Foi assim que eu as vi, inicialmente, no Centro Pompidou, em Paris, e, depois, na Bienal de São Paulo de 2008. Talvez por isso, quando eu li o  seu livro publicado no Brasil, pela Editora Agir, intitulado...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Lista de impacto (cof,cof)

Se comparar com os outros anos, vi poucos filmes em 2010. Porém,  muito mais do que a lista do lado indicava. Deixei  de anotar muitos. Como não sou boa de guardar títulos, lá se foram muitos  para o escoadouro da memória. Mesmo assim, depois de ver tantas “listas de melhores”  nos últimos dias, resolvi fazer a minha também, a dos dez filmes que mais me impactaram em 2010. Não necessariamente os melhores. Alguns, eu até já...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Para 2011, coragem

Saudações a quem tem coragem Aos que tão aqui pra qualquer viagemNão fique esperando a vida passar tão rápidoA felicidade é um estado imaginárioFrejat, Dé e Guto Eu morri. Morri uma pequena morte em 2010. Não sei onde li sobre a impossibilidade de proferir a frase "eu morri". Acho que em Derrida. Mas em algumas ocasiões, talvez seja possível. Quando o fio de medo percorre...