quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Título: Os logros da autobiografia

Minha tese, ao invés de introdução, tem um preâmbulo. O que dá no mesmo. é apenas uma questão de nomenclatura e também de filiação. Também não tem conclusão. Tem um etc.. Aqui, além de filiação, é para ser coerente. Muito ainda a dizer no que disse ou consegui dizer. É com ela que passo as noites, ora com espanto, ora com assombro, ora com fadiga. O primeiro parágrafo é este:“Gostaria...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Exposição A toalha de mesa, de Adriane Hernandez

Adriane Hernandez está expondo em Porto Alegre. Adri é minha amiga desde que me apaixonei por ela assim que a vi. Tirei-a do meu baú de memória. Quando preciso pensar em delicadeza, sentir a delicadeza, imagino o azul da Adriane. Imagino Adri nuazinha em pêlo envolta em um papel quase transparente de tão azul. Será que havia uma instalação com ela assim na abertura da exposição?...

Álbum de memória - Adriane Hernandez

Segunda-feira, 2 de outubro de 2006Adriane foi embora num fim de dia chuvoso e triste = azul quase cinza. Eu triste pra cacete. As coisas acontecendo e eu já sentindo a sua falta. A chuva é fria em Paris. Eu, ela e Mari correndo na chuva sentimos isso. Sem abrigo por perto. Subimos na torre Eiffel horas antes de ela partir. Dri tem medo de altura. Suas pinturas são azuis. Seus objetos também. O pão é "amarelo queimado" como todo pão. E branco por...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Historinha de água

Peixe ainda na água. Antes de pular do aquário e morrer no ladrilho amarelo. Acoplei-me como há tempos. À falta de cerveja hermeticamente gelada, iogurte desnatado. Consola a voz de samba e também o velho retrato acima da minha cabeça. Sorrio para mim mesma. Uma mão sorridente agarra meu peito e sussurra loucuras doces. O quadro da loucura seria o da boneca queimada de Farnese...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Goya e Sombras de Goya

Nestes dias, vi dois filmes sobre Goya. Os dois, belíssimos. Impressionante como dois filmes tão diferentes conseguem dizer tanto de um homem – ou do imaginário que cerca este homem. O primeiro dispensa apresentação: Goya, de Carlos Saura, saído em 2001. Um Goya velho, de 82 anos, confessa para a filha os acontecimentos da sua vida. Conta as perdas e os erros da juventude...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Imagem da Dê e poema do Marcos

Hoje resolvi juntar duas pessoas que adoro. A primeira é a Dê, que é uma das minhas pautas preferidas. Desde que a conheci, ela só me ensina. Ela registrou este pôr-do-sol nas suas férias de fim de ano e enviou para mim. A outra é Marcos Siscar. A meu ver, ele é um dos leitores mais impressionantes que conheço, com um olho capaz de perceber o imperceptível (e sei disso porque...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O último metrô

Saí com meu irmão dia destes. Um dia antes de ele ir morar em Campo Grande. Fomos flanar por Sampa. No início da noite, ele foi embora e me vi sozinha na Paulista. Sozinha. Fui-me invadida por uma pequena alegria. Se não fossem tantos arranha-céus, poderia imaginar que estava em Paris como em uma daqueles tantas noites em que vagava sozinha. O que era bom nas minhas longas...

Primeiro filme do ano

Pensei em escrever ontem. Ou antes de ontem. Por momentos, vi-me impregnada de poesia, de tanto a dizer. Em outros, achei que não poderia dizer nada além do que já disse de maneira mais inteira. Tateio meio vacilante os primeiros dias do ano. Estive por aqui entre livros. Bêbada, às 5 da manhã, comprei Henry e June, de Anaïs Nin, na banca de revista do Lanche Estadão. Comecei...

Ano novo: refil?

Comprei agenda nova. Ou melhor; o refil. A capa de couro já me acompanha há 4 anos. Me danei a pensar que ano novo é também assim::: traz a capa do ano anterior. Os sonhos, as promessas, os medos, os desejos vêm todos juntos na virada. Por mim, eu quero fazer mil promessas e desfazer uma a uma em seguida para refazê-las logo depois. De tudo que sei é que 2008 será ano de...