estava de férias. não foram as minhas férias. não como eu havia
planejado. porque, na verdade, eu só havia planejado a Abralic
e, depois, ficar na rede na casa da minha irmã Morg, que mora pertinho
do mar, mas, desconfio, ver pouco o mar e, menos ainda, sente o seu sal.
não
foram as minhas férias, mas foram boas. ainda estão sendo, pois fico
em casa mais um pouco de dias. foram boas, mas uma gripe forte e uma
inflamação medonha na garganta me perseguem há mais de mês. foram boas,
mas continuo pensando nas férias que não vivi. e ao mesmo tempo me é tão
estranho querer umas férias para tão-somente deitar na rede. acho que o
desejo tem muito a ver com a gripe::: meu corpo pede descanso. faz
tempo.
andando na praia, falei pro Tatupai que a cada
viagem imagino ao menos umas vinte postagens - e às vezes não escrevo
nada ou, no máximo, duas ou três. mas como o sumidouro da
memória me leva tudo, sinto vontade de escrever, ainda que por tópicos.
daria uma postagem, nós - Sandra, eu, Dudu, Rô, Tatupai - em Recife, praia de Boa viagem, Sandra olha o mar e chora. e diz o que nós, nordestinos, tanto sabemos como ansiamos::: o mar é lindo, a praia arregaça nosso olhar. e a lágrima vem. ou o sorriso. porque a beleza está posta. é só senti-la.
e ele mesmo. e ela. o jogo e a contemplação. n o agora estava todo ali. na sua beleza. e na sua escuridão. e isso bastava. sim.
e ele. tem nome: amigo.
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