quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

de grande, nada sei.

no facebook todos tiveram um "grande ano". não sei por que lembrei de Fernando Pessoa. mas isso não importa agora. não me interessam os festins. disse algumas vezes - as vezes na lágrima, as vezes no choro que não saiu, as vezes bem alto e outras num silêncio absurdo - que este foi um ano "desgraçado". talvez disse isso mais para lembrar que nunca tive medo de palavras...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

carta na janela à turma MEL 2014.2

fiquei pensando, enquanto voltava para casa, depois desta semana intensa, que havia muito ainda a dizer. o que eu não disse. o que vocês não disseram. isto do tempo. e da insuficiência das palavras. relembrei o que pensei como figura da disciplina::::  “A linguagem é uma pele: fricciono minha linguagem contra o outro. Como se eu tivesse palavras à guisa de dedos, ou...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

à toa

(segunda feira retrasada, como se diz) passei o fim de semana vendo filme::: tempo sem fazer isto. deste jeito::: sem mais nada a não ser escolhas aleatórias. pensar nos filmes, fazer as relações, escolher entre muitos. a lista está aí do lado. Comecei com Palo alto e terminei com Terça-feira, depois do Natal. Ou melhor, finalizei com a metade de Tatuagem. O computador...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

para vocês, sempre, meu amor mais imenso

nestes dias, penso muito em amizade. em amor. talvez porque estes dois meses sejam pródigos de aniversários, justamente, de pessoas que eu amo. e amo bastante. e eu que não sou boa de aniversários, fico sempre meio aflita. a cada ano, imagino me redimir:::: chegar de surpresa. enviar o presente mais a cara da pessoa. escrever a carta mais bonita - para que elas lembrem...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

só isto mesmo

a Odisseia de Homero, edição especial publicada agora pela Cosac Naify, é uma obra de arte. enviaram enrolado em plástico bolha, como a dizer que sabem que produziram um livro-arte. fiquei assim::: com o livro nas mãos, folheando, imaginando um tanto de coisas. imaginando este fazer das belezas do mundo. e eu nem ia comprar. foi o Anderson que me incitou. e eu só preciso...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

4.0

é fácil não fazer 40 anos. e ao mesmo tempo é de uma inteireza. perdi aos 40 muito de tudo que eu tinha. perdi mesmo a petulância. é tudo que eu tinha aos 20 anos. e que eu tinha aos 30 no mais completo esplendor. agora, talvez me reste apenas o sorriso farto, a gargalhada no segundo inexato que aprendi com meu amigo Rivero. cheguei aos 40 anos com quase todas as marcas...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

que povo eu quero ser na face tranquila de meu filho

paulistano não dá carona nem que esteja uma chuva de cair mundo e seja apenas por dois quilômetros e alguma coisa (mesmo que tenha acabado de beber umas cervejas com você). francês beija seu rosto numa distância de passo largo. e se retrai diante de qualquer gesto que esboce alguma intimidade. para nordestino, mocinha de bermuda curta e batom vermelho é puta e negro é...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

feliz aniversário, Poeminha

Poeminha, teria sido "revolucionário". e teria sido igualmente lindo se o "motivo" de sua festa tivesse sido a Peppa, a porquinha rosa. considerei seriamente o seu primeiro desejo. mas no esforço de pensar no tanto que teríamos que pedir perdão por ofender o imaginário de algumas pessoas tão amadas, como, por exemplo, sua Bibi, apresentei-lhe outras opções. e você se apaixonou...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

para o filho

 Poeminha, ontem foi o dia das crianças (você já percebeu que existem estas datas instituídas e já sabe valer-se delas para, entre meus joelhos, apontar o que quer e repetir repetir repetir até a coisa se materializar). eu sou muito vacilona neste sentido. faço o discurso que é caro, mas compro. e foi assim sábado. entrei naquela loja cheia de prazeres e me deu uma...

terça-feira, 7 de outubro de 2014

sobre o sell 2014

hoje colocamos quadros na parede. ou melhor, Tatupai, sob a minha supervisão. também dei uma organizada nos livros (no que ainda é possível, pois a urgência de novas estantes já é visível há tempos). e ontem, depois de almoçarmos com o Yuji (esta belíssima pessoa!) e após votar (em Dilma, diga-se de passagem), avancei na noite lendo O que amar quer dizer, de Mathieu Lindon....

sábado, 20 de setembro de 2014

dilma, dilma, dilma, n vezes dilma

vou dizer por que voto na Dilma. e acho que posso, sim, ser acusada de fechar os olhos para tantos problemas. e acho mesmo que eles estão aí aos borbotões. primeiro, se me perguntarem se Lula e Dilma sabiam sobre sobre as porcentagens tipo Petrobás, eu vou dizer que acho que sabiam. mas vou, com a mesma cara-de-pau, dizer que somente um idiota pode achar que já não acontecia...

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

começos

poderia começar de modo tão seco quanto Silverstein: os dias não têm sido felizes, e por isso escrevo.  . . posso também começar de outro jeito. apesar de os dias estarem muito quentes, continuo a andar de bicicleta. e andando de bicicleta, lembro continuamente de Marie, minha amiga ruiva. ainda mais do que antes e, volta e meia, um sorriso largo se expande...

domingo, 7 de setembro de 2014

a parte que falta

Poeminha já nasceu com sua minibiblioteca. este sentimento de "posse" já produziu muitos gestos bonitos. um dia, quando era ainda bem pequeno, num gesto espontâneo de mostrar o quarto dele ao nosso amigo Iremar, disparou: "aqui é meu quarto; e estes são meus brinquedos,  e aqui são meus livros. olhe: meus livros". em outro momento, já soltou, com ar de reprovação: "mamãe,...