quinta-feira, 31 de julho de 2014

o chão da literatura

quando estava voltando de Paris, cansada dos dias intensos [e do peso da mala, que eu e Marie havíamos arrastado penosamente nos longos corredores e escadas do metrô], não consegui dormir. ainda assim, não consegui dormir. algo em mim estava muito alerta. e num avião sem grandes confortos, num espaço exíguo entre cadeiras, tirei as botas, acomodei o travesseiro e me pus...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

"Papai, agora eu já estou muito grande"

quando na vida os dias acumulam perdemos bastante das inúmeras possibilidades que teimamos em construir em nós. às vezes, ficam apenas os escapes, quase fugas próximas à loucura domada do dia-a-dia. na idade de quatro-cinco anos, que Poeminha agora atravessa, tudo é possível, tudo já existe::: "papai, agora eu já estou muito grande e eu sou um nadador, um pianista, um baterista,...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

quando o tempo

eu não duvido nada que, de repente, o que era certo não seja, de fato, tão certo assim. é quando a possibilidade da morte, ou da dor, ou da separação, aparece nítida. nessas horas, a certeza da dúvida. nada está realmente programado. como querer muito voltar a Paris - e ser assaltada mal se coloca os pés lá. ou querer muito fazer algo - e adiar indefinidamente (como meu...