quarta-feira, 19 de setembro de 2012

No ENLIJE e no GELNE

eu sempre achei tacanho o sistema de eventos acadêmicos. ou o sistema de apresentação de trabalhos em eventos acadêmicos. é como pedir por dois seguntos, peloamordedeus, a pessoas que estão surdas ao que você tem a dizer. mas minhas primeiras viagens, ainda na graduação, foram para participar de eventos. e há viagens memoráveis. como aquela em que eu e mari vimos uma peça de teatro pela primeira vez. como aquela em que viajamos eu, mari e manu. como aquela, com ida e mari. no frio de araraquara, no frio de são paulo. no tamanho da unicamp. ou no rio de janeiro. e em curitiba. e na bahia. e naquele evento em natal que encontrei arev e ed. e nos muitos que deixei de ir. e estas experiências sempre foram como um entremeio, pois nunca deixei de acompanhar os eventos de perto. gosto da experiência de ouvir. no último congresso da abralic, ouvindo márcio selligman, me veio uma alegria intensa, uma espécie de gratidão por poder estar ali, naquela manhã.

agora como organizadora do silic*, um evento acadêmico que, embora pequeno, numa cidade pequena, começa a ganhar corpo (e agora, quando tenho certeza do que quero), voltei aos eventos. não quero me alongar nisso. não quero mesmo dar explicações. estou provando das minhas resoluções. uma quase senhora disciplinada que agora escreve, que agora segue as normas, em nome de. em nome de. em nome de.

fui então ao gelne e ao enlije. siglas. encontros. pessoas. dizeres... e foi muito bom. muito bonito. mesmo o dia inteiro no hotel escrevendo o texto que já estava em mim. e que agora está nos anais do gelne. não sei quem lê. mas isso tem mesmo importância?

Poeminha foi junto. eu e a rô fomos cuidar dele. no nordeste. o nordeste é meu lar. dias antes, eu tentava dizer a um grupo de professores desesperançados que isso nada tem de determinista. o nosso lar nunca sai de nós. o sertão. isso não quer dizer que estamos presos a ele. há muito com  o que se rebelar. e é preciso se rebelar. sair de lá e voltar com aquela dor no peito. voltar para não ficar.

e encontrei mari. e nossa mariateresa. e carmi e makarios. e marcio e minha xará. e minha família. paimãeirmãssobrinhos. e manamácia ficou conosco pelas estradas.

eu gostaria de registrar tudo. é para isso que deve servir a escrita. para dizer sobre as tantas alegrias. mas me dá preguiça. quero guardar só para mim, embora saiba que vá esquecer daqui a pouco. então digo aqui. mas digo aos poucos. para guardar. 

* Simpósio de Literatura Brasileira Contemporânea. 
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