domingo, 28 de dezembro de 2008
reflexões do meio da noite
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
na rede
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
é quase natal
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
madrugada
amanhã, eu vou sentar aqui; hoje, eu vou sentar aqui e fazer o presente da minha amiga oculta, porque ela merece e porque terei entregue, corrigidos com olhos de lince, todos aqueles textos. a maioria tateia. alguns têm alma e têm medo. outros, medo nenhum e nenhuma alma. eu me descobri em muito sendo professora. uma das descobertas é que não dou conta de tanto livro - ruim - para ser lido. e que não suporto erros gramaticais, embora multiplique minhas vírgulas na ânsia de errar. e ele dorme. eles sempre dormem e eu fico a velar um sono que não é meu. e quem velará meu sono? tenho sempre a terrível impressão. esta dor amorosa que me faz encher os olhos de lágrimas é a dor de agora. ele dorme tão bonito enquanto eu envelheço mais um pouco entre tantas ordens do dia - que se estendem pela noite adentro. pilhas de livro, carrega meu papai noel; eu espicho o olho sonhando com o dia em que terei tempo de me balançar na rede - a rede que agora range enquanto ele dedilha seu violão; indeciso entre uma nota e uma música. eu ouço lendo fábulas. e gosto do que dizem as fábulas: um alma e um medo - tum tum tum! solto um riso solto. depois ele some do rosto e quase tombo. a delicadeza e o horror de cyane - em linhas finas - se encarregam de dizer que ainda é tempo - para além do tempo. e eu insisto::: leio três paginas de octavio paz. outras dez de rilke. e bêbada, mostro-lhe francis bacon. e lhe digo de um modo estranho que o disforme é o que corrompe minha alma. e ele parece compreender quase tão bêbado como eu. no almoço, ele lamenta que já bebemos todos os vinhos da casa. porque ouvir maysa comendo um almoço feito a dois pede um vinho. eu lhe prometo comprar quantos vinhos for desejado. eu lhe prometo tudo e nem percebo. agora o quarto é todo escuro. e posso dormir até mais tarde. bem mais tarde.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Meu papai noel
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Sobre "beijo de amor" e "amo-te"
e o que me disseram estas quatro ou cinco pessoas que me perguntaram como eu me sentia foi que ainda e por muito tempo “amo-te” e “beijo de amor” serão palavras minhas. mesmo que eu não as profira. e que sejam proferidas por outros.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Sob os céus de Roma
Dor
prece às avessas de uma professora
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
emoção é a palavra
eu tenho tanto a dizer do espanto destes dias. mas por que espanto, falta-me o tempo. olho agora para os irmãos karamazov. carrego a caixa como quem embala um bebê. dentro dela, os desejos. e os anzóis vêm em minha direção. cadê cyane que está bem aqui na minha frente? suas adagas e seus anzóis, estão. mas sinto sua falta na janelinha virtual.
e o que dizer a nilza, que me leu e escreveu assim tão bonito? "adorei, amei, me encantei. chorei até umas horas. Meu pai vem é lindíssimo, de uma singeleza, como vc gosta de dizer, delicadeza, meiguice. Seu prof tem toda razão, a sua escrita escorre quente, humana, de parto natural. Vc já deve ter fãs n°1 aos montes, portanto quero ser só a leitora de outros mais escritos como estes".
por inteira, me emociono. e mais do que nunca sinto que o caminho é este. o caminho do bem-querer. da gentileza. do cuidado. da dedicação. da concentração. e também da dispersão. da noite longa. dos olhos cúmplices e marotos. do entregar-me inteira à aventura do viver, mesmo que a lágrima caia. mesmo que os enganos existam. há e haverá sempre uma varanda com vista para a estrada. a varanda da imaginação. e durante a noite corre um vento frio. um sopro quente. e a ternura.