sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nós

Eu fico olhando para o mundo daqui da minha janela imaginária. E entretanto tenho curtido muito viver do lado de dentro da janela. Existem "vidas" que só sabemos que queremos vivê-las quando de fato a vivenciamos. Tem sido assim com minha vida de "casada" e mãe (embora Poeminha ainda não tenha visto o mundo, já me sinto toda mãe). Se me perguntassem há um ano se eu queria isto, a resposta teria levado este momento para um futuro longíquo, como uma pedra que jogamos no mar esperando que ela se perca no horizonte. Como tudo aconteceu, não tenho resposta. Lampejos de carinho. Cumplicidade. Leveza. Tesão. E aí estava o momento certo surgindo... Tudo sem planejamento e sem stress, sem pressão, como se seguíssemos uma cartilha interior que estivesse nos ensinando a chegar até aqui. E já vai fazer um ano! Rimos da nossa pressa, da nossa falta de jeito, do nosso jeito. E é isto. Rimos. Somos dois Tatus. E já nos acostumamos tanto a sê-los que quando proferimos nossos nomes nos espantamos, como se aqui, do lado de dentro da janela, tivéssemos aprendido a nos reinventar. Se seremos daqui a um tempo um casal cansado como muitos que conhecemos? Não sabemos a resposta, mas também não fazemos esta pergunta. Traçamos planos o tempo todo, como se nosso amor nunca fosse envelhecer. E vivemos o "a cada dia" sempre cheio de delícias, de pequenos cuidados, de esperas, de chegadas, "enosmesmados".


imagem: Majeak Ann

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4 Palavrinhas:

Cristina Soares disse...

lindo lindo lindo lindo !!!!

renata penna disse...

o melhor jeito de seguir é esse mesmo. deixa que o futuro um dia chega. e o hoje, entrega.
bjo, flor.

Ilaine disse...

Milena!

Ah, sei tão bem o que sentes!!!
Grávida, e já toda mamãe... É tão singular e sublime, não é? Não há nada que se compare com as emoções que este momento envolve.

Saudades!
Beijo

Passageira disse...

Acho qe vc condensou tudo aqui: "Lampejos de carinho. Cumplicidade. Leveza. Tesão."
As coisas que realmente importam saem disso. E permanecem assim.
Delicia de texto, mocinha. Poeminha te deixou ainda mais aguda! Que ele encontre em teu abraço toda esta mãe que se revela nas letras.
Beijocas