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amanhã, eu vou sentar aqui; hoje, eu vou sentar aqui e fazer o presente da minha amiga oculta, porque ela merece e porque terei entregue, corrigidos com olhos de lince, todos aqueles textos. a maioria tateia. alguns têm alma e têm medo. outros, medo nenhum e nenhuma alma. eu me descobri em muito sendo professora. uma das descobertas é que não dou conta de tanto livro - ruim - para ser lido. e que não suporto erros gramaticais, embora multiplique minhas vírgulas na ânsia de errar. e ele dorme. eles sempre dormem e eu fico a velar um sono que não é meu. e quem velará meu sono? tenho sempre a terrível impressão. esta dor amorosa que me faz encher os olhos de lágrimas é a dor de agora. ele dorme tão bonito enquanto eu envelheço mais um pouco entre tantas ordens do dia - que se estendem pela noite adentro. pilhas de livro, carrega meu papai noel; eu espicho o olho sonhando com o dia em que terei tempo de me balançar na rede - a rede que agora range enquanto ele dedilha seu violão; indeciso entre uma nota e uma música. eu ouço lendo fábulas. e gosto do que dizem as fábulas: um alma e um medo - tum tum tum! solto um riso solto. depois ele some do rosto e quase tombo. a delicadeza e o horror de cyane - em linhas finas - se encarregam de dizer que ainda é tempo - para além do tempo. e eu insisto::: leio três paginas de octavio paz. outras dez de rilke. e bêbada, mostro-lhe francis bacon. e lhe digo de um modo estranho que o disforme é o que corrompe minha alma. e ele parece compreender quase tão bêbado como eu. no almoço, ele lamenta que já bebemos todos os vinhos da casa. porque ouvir maysa comendo um almoço feito a dois pede um vinho. eu lhe prometo comprar quantos vinhos for desejado. eu lhe prometo tudo e nem percebo. agora o quarto é todo escuro. e posso dormir até mais tarde. bem mais tarde.
amanhã, eu vou sentar aqui; hoje, eu vou sentar aqui e fazer o presente da minha amiga oculta, porque ela merece e porque terei entregue, corrigidos com olhos de lince, todos aqueles textos. a maioria tateia. alguns têm alma e têm medo. outros, medo nenhum e nenhuma alma. eu me descobri em muito sendo professora. uma das descobertas é que não dou conta de tanto livro - ruim - para ser lido. e que não suporto erros gramaticais, embora multiplique minhas vírgulas na ânsia de errar. e ele dorme. eles sempre dormem e eu fico a velar um sono que não é meu. e quem velará meu sono? tenho sempre a terrível impressão. esta dor amorosa que me faz encher os olhos de lágrimas é a dor de agora. ele dorme tão bonito enquanto eu envelheço mais um pouco entre tantas ordens do dia - que se estendem pela noite adentro. pilhas de livro, carrega meu papai noel; eu espicho o olho sonhando com o dia em que terei tempo de me balançar na rede - a rede que agora range enquanto ele dedilha seu violão; indeciso entre uma nota e uma música. eu ouço lendo fábulas. e gosto do que dizem as fábulas: um alma e um medo - tum tum tum! solto um riso solto. depois ele some do rosto e quase tombo. a delicadeza e o horror de cyane - em linhas finas - se encarregam de dizer que ainda é tempo - para além do tempo. e eu insisto::: leio três paginas de octavio paz. outras dez de rilke. e bêbada, mostro-lhe francis bacon. e lhe digo de um modo estranho que o disforme é o que corrompe minha alma. e ele parece compreender quase tão bêbado como eu. no almoço, ele lamenta que já bebemos todos os vinhos da casa. porque ouvir maysa comendo um almoço feito a dois pede um vinho. eu lhe prometo comprar quantos vinhos for desejado. eu lhe prometo tudo e nem percebo. agora o quarto é todo escuro. e posso dormir até mais tarde. bem mais tarde.
2 Palavrinhas:
Ai, ai, ai.. tomaram todo o vinho da casa ?? Vixe !!!!!!!
a thing of beauty is a joy for ever, de domingo a domingo
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