quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Título: Os logros da autobiografia


Minha tese, ao invés de introdução, tem um preâmbulo. O que dá no mesmo. é apenas uma questão de nomenclatura e também de filiação. Também não tem conclusão. Tem um etc.. Aqui, além de filiação, é para ser coerente. Muito ainda a dizer no que disse ou consegui dizer. É com ela que passo as noites, ora com espanto, ora com assombro, ora com fadiga. O primeiro parágrafo é este:

“Gostaria de começar com uma vírgula, se fosse possível. Ou com algumas expressões entre aspas, em itálico. Ou com travessões, reticências. E não seria por uma questão de estilo, na tentativa de marcar o pertencimento da minha escrita já em contato com a escrita do outro, mas para marcar a hesitação própria da escrita; que deveria ser a de toda escrita. Se não fosse difícil fazer um estilo, dizer o que é um estilo, começaria com uma vírgula. Assim como, a exemplo de Antonin Artaud, terminarei com um etc.. Seja o etc. de Artaud, seja o de Derrida, ou mesmo o «viver é etc.», de Guimarães Rosa. Se assim começasse, se assim seguisse a trilha, diriam que evidencio um estilo”.
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5 Palavrinhas:

Só Magui disse...

O importatne é não haver um ponto final tão cedo.
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Olga de Mello disse...

Ai, cada vez mais pontuo com reticências. Exclamações me deixaram na mais tenra juventude, aquela época das certezas que se esvai quando a vida avança.
beijo!

Cristina Soares disse...

O etc é tão legal ! sugere que há muito mais e etc e tal...

Anônimo disse...

Ao dizer que faria, já o fez - e bem!



Gostei!


Abraços, flores, estrelas..

Anônimo disse...

O assombro e o espanto devem passar, easy. E "dizer o que é um estilo" talvez seja a coisa mais difícil no campo da Teoria Literária. De todo modo, estou aqui em BH torcendo pelo seu melhor desempenho. Um abraço.