ontem acordei de susto
do ronco da minha barriga com fome
bem quando sonhava
que estava jantando
com alguns amigos bons
.
quase trôpegas. ou ainda não. e ainda com entrada vip (era niver, o moço acreditou logo, porque eu sou assim: dia de niver fica escrito na testa: "é hoje o dia"). assim vimos junio barreto fazer as honras do studio sp. junio barreto é um músico muito atípico. é um pernambucano atípico. não no sotaque, que é igualzinho a de todo pernambucano. mas no modo como traz de lá a sua música. eu queria dizer que ele é o joão gilberto pernambucano. será que pode? tá bom. já disse. ele tem um cd independente com uma capa muitíssimo estranha. coisa caseira. tem nem nome dele. sei não. é bom. e como joão gilberto, eu tive que ouvir mais de uma vez para gostar. mas cada vez que ouço esta bizarrice, mais gosto. ai - este arrastar de voz. esta língua. é bom. muito bom. sambinha devagarzinho com sotaque. arrastando também as batidinhas eletrônicas. dá preguiça, muita preguiça. e vontade de dançar malemolenga. me disseram que eu tirei o chapéu para ele e o saudei à moda japonesa exagerando enormemente. e lhe disse que já conhecia o seu cd e já tinha ido ao show dele e que gostava demais, sabe? pago um mico deste e ainda pago o mico de esquecer. tadinha. importante é esta sonzeirazinha, coisinha de nada. desimportante, das desimportâncias próprias da arte. amém, mãinha.
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