terça-feira, 18 de maio de 2010

Escrever por puro gozo

Eu adoro isto aqui. Adoro este lugar de escrita. Eu não sabia quantos me liam, ou sequer se era lida para além dos meus três ou quatro comentadores que às vezes me deixam recados. Por isso, coloquei o marcador aí do lado. Curiosidade. Eu sou mesmo um ser curioso. E fiquei surpresa ao descobrir que diariamente têm uns quinze acessos por aqui. Ok, não é quase nada, se comparado a... Os blogs de decoração que eu vejo têm diariamente mais de 2000 acessos. Só que eu, humildemente, me contento com meu número de visitantes. Por outro lado, mais uma curiosidade: não daria um dedo, é certo, mas pagaria uma prenda para saber nominalmente quem são estes meus quinze.

Mas o que eu ia dizendo é que adoro escrever aqui - e gosto justamente porque é sem compromisso, porque é algo que faço por puro gosto. Por puro gozo. A escrita por nada. 2h da manhã estendendo roupas no varal. 3h da manhã lavando louças. 4h da manhã tentando encerrar projeto com data para ser entregue. 1h da manhã revisando texto mal escrito de doutoradeuniversidadechique - morro e não revelo o nome -. Aí vem a vontade de escrever aqui, mesmo sem assunto definido. Aí, escrevo. Sem obrigação alguma. O inverso das coisas do cotidiano. É uma das minhas miudezas, das minhas inutilidades. Por isso, não abro mão. 
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1 Palavrinhas:

Apenas quero ficar só, nada quero. disse...

Milena, Milena... Não é segredo nem mistério: já lhe havia dito, sou um dos quinze, claro! Invejo esse seu espaço! Não tenho algo afim, um espaço-desaguamento, barragens se espraiando e escorrendo, sem maiores estragos, pelas rugas-abismos da terra rachada de sol e de não. Cada vez mais me convenço de que achar algo afim (um escrever ao lado de, daquilo que já temos de escrever; ao lado de seja blog, poesia, fragmentos, seja lá o que for) é fundamento a um saber estar minimamente mínimo, sine qua non meio que terapêutico mermo. Demodé, não, isso, de escrever como fins terapêuticos? Ingênuo pacas. (Bataille começou assim?) Mas tanta porrada desencanta, tanta leviandade brocha, tanta burrice afetiva enoja, e é preciso suportar. Esse seu escrever por prazer (que é, também, um escrever profundamente ético), é bonito demais! Abraço de muita saudade (também a Ney e Bernardo).